Aprender experimentando
No primeiro semestre de 1973 a equipe AMI do Brasil foi incumbida de trazer da IBM Bélgica o curso AMI-I e adaptá-lo à realidade brasileira. Este curso era constituído de um jogo de empresas denominado FAME.[1] que se baseava em uma micro-simulação empresarial e uma macro-simulação econômica.
Apesar de ser um modelo hipotético, o grau de interatividade, o poder das ferramentas de apoio à decisão e a complexidade das simulações das empresas e da economia, exigiam um dos maiores computadores instalados no país naquela época. Após as jogadas cada grupo se reunia para definir o que precisava em termos de métodos e ferramentas para administrar melhor a sua empresa, considerando-a como uma dentre quatro ou seis que participavam da macro-simulação.
Posteriormente, dois especialistas da equipe AMI foram à IBM Japão para trazer o curso AMI-II que era baseado em modelos estatísticos de comportamento de mercado e modelos de simulação do sistema dinâmico de organizações.[2] Estávamos na década de 70, o termo “Aprendizado Organizacional” ainda não era muito difundido e existia pouca coisa publicada com relação ao assunto.
Entretanto, no Centro de Desenvolvimento de Executivos da IBM Brasil já se praticava muitas das disciplinas posteriormente preconizadas por Peter Senge e apresentadas no seu livro “A Quinta Disciplina”.[3]
Depoimento do professor Sérgio Lins
[1]FAME – Financial Allocation and Marketing Exercise foi criado pela IBM em 1971.
[3]SENGE, Peter. The Fifth Discipline. New York: Doubleday, 1990.
[2]FORRESTER, Jay W. Industrial Dynamics. Cambridge, MA: M.I.T. Press, 1961.
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